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Lucca (pizzaria)

(by Miss Blue)
Mr. Budget, acredito que vai gostar da minha próxima proposta: o Lucca não é caro nem pretensioso – apesar de ficar numa zona terrivelmente aspiracional de Lisboa; tem boa comida e bons empregados – ainda que sejam todos brasileiros e o molho dos raviolis peque por espessura; tem bom ambiente e é uma opção segura – desde que não haja segredos ou romances a partilhar sobre a mesa, já que é tão, mas tão barulhento, que qualquer tentativa de delicadeza fica abafada no burburinho geral e qualquer segredo dito mais alto é ouvido por toda a gente num daqueles momentos de silêncio colectivo que tantas vezes nos levam ao embaraço.
Não sei nada da sua história, não sei nada das suas origens, conheço-o há mais ou menos 1 ano porque é a melhor opção quando se vem da praia de chinelo no pé e bikini a aparecer, ou quando se vem do trabalho e não apetece prestar atenção a mais nada, muito menos à compostura. Fica numa transversal à Avenida de Roma. Tem umas espécies de árvores e ramagens pintadas nas paredes.
Adoro as toalhas, que combinam perfeitamente com uma camisa Tommy que tenho de 1990-e-troca-o-passo e que o meu pai apelida de “toalha de mesa napolitana”.
Quanto à comida, bom, a comida não é extraordinária. De entrada, uns grissinos pequenos, umas azeitonas com orégãos, paté de azeitona e manteiga.
Já tenho pedido bruschettas de tomate cherry que aparecem saborosas, porém afogadas em azeite. As pizzas são excelentes, combinadas de 30 maneiras diferentes, vários recheios de calzones e o fiambre, sempre o fiambre a estragar-me a experiência gustativa da grande maioria. A massa é fina, o queijo perfeito e o tamanho perfeitamente adequado a um jantar mais tardio.
Não têm sangria, mas as imperiais são sempre impecavelmente servidas, o que ajuda a aumentar a barulheira.
Restaurante sempre pejado de grupos e de famílias, com a criançada a correr para trás e para a frente e a obrigar os empregados a coreografias arriscadas. Muito melhor que os pretensiosos Di Casa’s da vida, nada caro e sempre acolhedor.
Se vier, Mr. Budget, que venha por bem.